Todos nós já sofremos os efeitos da ansiedade em nosso corpo. Aquela sensação de que algo ruim pode acontecer e que nos causa aceleração do ritmo cardíaco, suor e o estômago fica enjoado.
Em algumas situações isso será benéfico, pois a ansiedade em certo nível faz parte do nosso processo evolutivo. Imagine que você está dirigindo de boas e alguém te fechou no trânsito. É graças a ansiedade gerada que você irá tomar uma atitude evitando o pior. Aqui a ansiedade ajuda a prever situações futuras e fazer algo. É desta maneira que vamos nos adaptando melhor aos cenários de possíveis perigos.
A grande questão é quando passamos o tempo todo preocupados de forma desproporcional à situação, gastando muito mais energia do que o necessário. Exemplo: Executo um ótimo trabalho e sou reconhecida, mas tenho muito medo de ser demitida.
Quando estamos frente a um estímulo que nos gere alguma ameaça uma parte do nosso cérebro é mais ativada, neste caso a amígdala. Ela irá soar como um alarme no nosso organismo.
Sabe aquelas cenas de filme quando no corpo de bombeiros soa o alarme e todos se preparam para agir?
Então, é isso que acontece no nosso corpo. Por isso teremos sensações como o aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, respiração fica mais curta… É assim que nosso corpo se prepara para ter uma atitude: fugir ou atacar.
Nos quadros de Ansiedade Generalizada é como se seu sistema de alerta (amígdala) estivesse ligado o tempo todo, mas com uma luz mais fraquinha. O que fica sugando sua energia e por isso está sempre cansada.
Já na pessoa com Transtorno de Pânico, onde a crise acontece do nada, é como se seu sistema de alerta estivesse com defeito e ele soasse como se de fato houvesse um incêndio, mas na realidade nada aconteceu.
Nessa hora em que nosso sistema de alerta é disparado, novas áreas do nosso cérebro são ativadas visando entender se o perigo é real e comparando a situação atual com outras experiências passadas para saber como agir.
Se você for uma pessoa ansiosa, o que acontece neste momento é que seu cérebro estará:
Interpretando a situação de forma “incorreta”, vendo como mais perigoso do que a realmente é.
Ligando o fato a situações passadas que foram mais trágicas do que a atual.
Isso irá transformar a ameaça em algo maior do que ela é e gerar uma super agitação no nosso corpo, levando aos sintomas da ansiedade.
Os sintomas físicos mais comuns são: inquietação ou sensação de estar com nervos à flor da pele, cansaço extremo, tensão muscular, perturbação do sono, respiração ofegante, mal estar, secura na garganta, tremedeira, ficar vermelho, sudorese, dor no peito, alterações no apetite ficando com muita ou pouca fome, enjoos e alterações gastrointestinais.
Podemos concluir então, que essa ativação do nosso sistema de alerta acontece o tempo todo na ansiedade, sem que seja necessário uma ameaça real presente. Por isso acontece um cansaço extremo e o medo acaba gerando também outros sintomas emocionais.
Estarei explicando melhor em outro tópico sobre os sintomas emocionais.
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